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CRÔNICA DE BOLSO #1: NO CONSULTÓRIO

18 junho 2015 1 Comentário
Olá leitores, tudo bem com vocês. Hoje o Escrivaninha estreia a coluna CRÔNICA DE BOLSO que trará textos autorais de várias pessoas super incríveis. Se você também é um escritor que adora escrever textos sobre a vida, amor e seja o que for, mas esses estão escondidos até hoje nos mande para podermos divulgar aqui na coluna. É só enviar para leonardo@escrivaninhaliteraria.com com uma pequena biografia e uma foto bem bacanuda. 


imagem do google. 


Cheguei ao consultório, disposta a dizer que nada do que ele tinha me receitado fazia efeito, sim, depois de quase um mês tomando diariamente aquele remédio, nada tinha mudado em minha vida, cheguei a pensar que pelo fato de ser gratuito o remédio estava vencido, afinal, não fazia efeito. Não marquei hora, fui na esperança de ser encaixada para minha consulta, três horas e 45 minutos esperando, ao ser chamada, já fui articulando o que falaria ao entrar na sala do médico, mas antes do bom dia, ele já me recebeu com um sorriso e disse que ficava feliz em me ver melhor, papo de médico, deve dizer isso a todos os pacientes. Docemente me perguntou o que fazia alí, já que meu retorno ainda demoraria, enquanto falava da minha insatisfação, ele cuidadosamente observava cada detalhe de minhas palavras, e fazia pontos de cores diferentes em meu prontuário, no final de meu desabafo, ele sorrindo me disse, leia isso, pensei que eu ou ele estávamos doidos, não tinha nada escrito, disse que via apenas pontilhados sem sentido. Ele então virou do outro lado e me pediu para ler, novamente observei aquilo, e comecei a entender. Cada ponto azul, representava a liberdade da alma
Os pontos verdes, as barreiras ultrapassadas
As pretas, os medos enfrentados
Pontilhados amarelos, eram as conquistas
E os vermelhos, meus sonhos, fiquei intrigada, de certa forma, aquilo me representava tão bem... Percebi uns pontinhos brancos, bem pequenos, mas não tinha nada alí, perguntei, é claro, então ele começou a explicar, cada ponto de nossa personalidade tem uma cor, cada cor, representa nossas áreas fortes e fracas e aquele branco, era o que eu ainda precisava colorir, disse-me que eram os dias não vividos....
Falei a ele que tinha compreendido, mas que o remédio não fazia efeito, ele então me mostrou o prontuário de minha primeira consulta, vazia, apagada, sem vida. Eu entendi, o remédio me fazia viva, mudou tudo em mim, em todas as áreas, que mágico!!!
Ele então me disse: "tome diariamente o seu remédio, ele faz efeito sim, é só olhar para dentro de si, e vais ver a diferença, mais uma vez, receitou o mesmo remédio, agora em doses ainda maiores, explicando que a dependência, só me faria bem "esse é o tipo de remédio, que curará todas as dores, se todos soubessem o poder que ele tem, o mundo não estaria tão sofrido"... Pegando em minhas mãos, despertando em mim, sorrisos... falou que esse remédio se chama, amor!"


Lívia Costa, acadêmica de Jornalismo, cronista, escritora, poetisa e amante de literatura.   


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